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11/10/2024
4 minutos de leitura
O mercado financeiro acordou. O alinhamento aos critérios ESG (Ambiental, Social e Governança) não é mais uma questão de luxo ou discurso bonitinho.
Hoje, ele é um indicador claro de rentabilidade. O Valor Econômico destacou recentemente que os investidores já entendem que empresas que integram práticas ESG estão mais preparadas para enfrentar crises e, principalmente, capturar oportunidades. Vamos ser diretos: ESG é uma questão de sobrevivência. E, para quem está fora do jogo, o risco é muito maior do que se imagina.
Por muito tempo, o ESG foi visto como uma preocupação secundária, algo reservado para empresas que “podiam se dar ao luxo”. Hoje, a realidade é outra. Empresas com forte compromisso em práticas ESG não só atraem mais investimentos, mas também apresentam melhores resultados financeiros. Isso não é romantismo corporativo, é fato. Estamos falando de estratégias que ajudam a prever riscos, melhorar operações e gerar um impacto positivo que se reflete na última linha do balanço.
Num mundo onde as incertezas são a regra, investir em ESG é uma estratégia de mitigação de risco. Os investidores já perceberam que o verdadeiro valor está nas empresas que, além de gerar lucro, evitam perdas substanciais. Não basta apresentar crescimento de receita, é preciso mostrar que o negócio tem musculatura para resistir a crises e sair fortalecido. Isso é resiliência!
E, por falar em resiliência, exemplos concretos não faltam. Veja como grandes empresas estão se destacando ao integrar práticas ESG em suas estratégias e, com isso, conquistando resultados consistentes:
Unilever
Desde 2010, a gigante global vem reduzindo a emissão de carbono em 65% nas operações globais, enquanto seus concorrentes ainda discutiam o que fazer.
As marcas sustentáveis, como Dove e Hellmann's, são responsáveis por mais de 70% do crescimento do portfólio da Unilever. Sabe por quê? Porque os consumidores estão votando com seus bolsos.
A otimização da cadeia de suprimentos e a redução de desperdícios geraram uma economia de €1 bilhão por ano. Não é "custo", é eficiência.
Microsoft
Em 2020, a empresa anunciou que se tornaria “carbono negativo” até 2030, removendo mais carbono do que emite. Quem mais ousa fazer essa promessa?
Desde que adotaram práticas ESG rigorosas, o valor de mercado da Microsoft explodiu, crescendo 50% e ultrapassando US$ 2 trilhões em 2023.
Com um investimento de US$ 50 milhões em startups de tecnologia limpa, a Microsoft não está apenas apoiando inovações sustentáveis, mas também integrando essas soluções em seus próprios produtos. Isso é visão de longo prazo.
Danone
Investiu €2 bilhões em iniciativas de sustentabilidade desde 2018, incluindo projetos para redução de emissões de carbono e melhoria da gestão de recursos hídricos.
A empresa já conseguiu diminuir suas emissões de carbono em 50% desde 2008, superando as metas iniciais e se posicionando como líder no setor de alimentos e bebidas.
Com suas práticas ESG, a Danone registrou uma economia de €300 milhões em custos operacionais nos últimos cinco anos, graças a uma cadeia de suprimentos mais eficiente e ao uso sustentável de recursos.
Esses números reforçam que adotar uma agenda ESG é uma escolha estratégica de negócios. As práticas sustentáveis não são apenas interesantes para a imagem da empresa, mas também geram resultados financeiros significativos, posicionando a Danone à frente de concorrentes menos comprometidos com essa pauta.
Empresas que ignoram essa tendência estão assumindo riscos legais e, principalmente, reputacionais. O mercado já mostrou que prefere apostar em negócios resilientes, e não em ideias arriscadas.
E para quem busca mais do que sobreviver, para quem quer liderar, o caminho é claro. No Programa de Crescimento Guiado (programa educacional avançado da FEN), eu e minha equipe desenvolvemos negócios e orientamos empresas quantos às práticas mais rentáveis do mercado, como é o caso do ESG, por exemplo. Se quiser mais informações, fale com o meu time aqui.
Não se trata apenas de seguir tendências, mas de se antecipar ao futuro. Se você ainda está refletindo sobre como integrar práticas ESG ao seu negócio, serei franca: o tempo para agir é agora. Quem hesita vai ficar para trás.
O alinhamento ao ESG é um indicador confiável de rentabilidade. E isso não é discurso vazio. Empresas que adotam essas práticas têm mais facilidade para acessar capital, engajam melhor seus stakeholders e são muito mais inovadoras. E, aqui na Farani Escola de Negócios, nós fazemos mais do que falar – nós implementamos. Cada estratégia, cada projeto e cada investimento são guiados por uma visão que integra o ESG. Porque não é só por dinheiro. É sobre o legado que você deixa para o mundo.
Então, eu te questiono: sua empresa está pronta para ser avaliada não só pelo que ganha, mas também pelo que devolve?