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25/10/2022
4 minutos de leitura
Imagino que você esteja familiarizado com os conceitos de Metaverso, 5G, NFT, Inteligência Artificial e Internet das Coisas, certo?! Agora, já pensou em como seria esse novo mundo que estamos construindo, altamente tecnológico, rápido e disruptivo, mas sem segurança? Complexo, né?
A segurança é o pilar para garantir que todas essas novidades melhorem, de fato, os negócios e as nossas vidas, e não se tornem algo perigosamente fora do controle.
Uma aliada neste sentido é a Lei Geral de Proteção aos Dados Pessoais (LGPD), que tem exigido que as empresas passem a prestar mais atenção ao tratamento e uso dos dados dos usuários. A LGPD prevê que as informações que usuários e clientes compartilham com empresas não sejam usadas de maneira indevida ou vazadas. Se isso acontecer, consequências financeiras pesarão para essas corporações.
E olha que não é fácil conter os vazamentos. Relatório anual Cost of a Data Breach Report, da IBM Security, mostra que a violação de dados representou em média R$6,45 milhões só no Brasil neste ano, o maior custo da história do País.
Ou seja, o mercado de cibersegurança precisa avançar, mas não existe mão de obra qualificada o suficiente para suprir essa demanda global. Não sou só eu que digo isso. De acordo com a pesquisa 2022 (ICS) 2 Cybersecurity Workforce Study, existe um gap de habilidades no espaço de segurança da informação. O mundo precisa em média de 3,4 milhões de empregos neste setor.
E se pararmos para analisar a profissão, veremos que neste ano houve um recorde histórico de 4,7 milhões de trabalhadores no setor, e um aumento de 464.000 novos profissionais só no ano passado. A representação das mulheres é de apenas 25% da força de trabalho de segurança cibernética, 9% da força negra e 4% como hispânica, de acordo com uma pesquisa realizada pela Casa Branca.
Temos muito que avançar, você não acha? Urgente e necessário!
Fato é que existe uma dor de mercado e o setor deve ser visto como urgente e necessário para o mundo. Não à toa, nos EUA, a escassez de mão de obra de segurança cibernética tem sido uma prioridade entre os mais altos níveis do governo e da indústria, tanto que em julho deste ano, a Casa Branca realizou uma cúpula para resolver a escassez de mão de obra do setor, anunciando um sprint de aprendizado de 120 dias.
Verdade seja dita: é difícil imaginar um mundo sem internet hoje. A alta demanda de profissionais da área de segurança da informação se deve pela popularização e democratização da internet e isso é muito bom. Mas ao mesmo tempo, formar um bom profissional de segurança da informação não é um processo rápido, nem simples, porém, como vimos aqui, primordialmente necessário.
Áreas de atuação da cibersegurança
Podemos destacar 5 áreas que o profissional de cibersegurança pode atuar e que estão em escassez no mundo todo:
Segurança corporativa: O profissional responsável por esta área cria planos e estratégias para proteger os dados da empresa, realizando auditorias nos sistemas, monitorando e controlando as políticas de segurança da organização.
Desenvolvimento de Software de Segurança: Este profissional é responsável pelo desenvolvimento de produtos e serviços para aumentar e aprimorar a segurança das informações, além de analisar códigos maliciosos (malware).
Segurança Forense: Esta área atua diretamente com a pesquisa, coleta e realização de laudos de provas digitais para investigações policiais, principalmente de crimes cibernéticos.
Inteligência de Estado: O especialista dessa área atua em órgãos de segurança do governo, como as agências de inteligência.
A reflexão que trago neste artigo é: a empresa que você trabalha ou o seu negócio aposta na segurança de dados dos seus clientes ou consumidores? Pois deveria.
Proteger a integridade de dados sigilosos, sejam eles de pessoa física ou jurídica, contra aquisições inapropriadas e fraudes é dever dos profissionais especializados em segurança da informação, um mercado aquecido e que precisa de muita atenção em nível global.
Autor:
Camila Farani
CEO e Investidora-Anjo