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28/12/2021
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A pandemia provocou uma transformação global em diversos aspectos. Não foi planejada, mas precisou acontecer. No mundo corporativo, a mudança mais perceptível foi a digitalização que esse cenário acelerou, impulsionando as empresas a se adaptarem a novos formatos de negócio para seguirem atraindo e fechando negócios com seus consumidores. Mudar se tornou, literalmente, vital.
Muitos avanços estruturais aconteceram, exigindo, antes de tudo, uma mudança profunda de cultura. O desafio agora é fazer com que esse movimento na direção do mundo figital (físico + digital) siga cadenciado pelas demandas do novo consumidor que emergiu dessa nova realidade, mais consciente e cuidadoso com as suas escolhas. Os desafios são gigantes e empolgantes!
E o mais incrível é que o recorde veio bem na Semana Mundial do Investidor (ou World Investor Week – WIW), entre os dias 05 a 11 de outubro. A WIW é uma campanha global promovida pela IOSCO (Organização Internacional das Comissões de Valores), com duração de uma semana, para conscientizar a população sobre a importância da educação e da proteção dos investidores, e dar destaque a iniciativas nessa área.
Em busca dos talentos
Resiliência se tornou palavra chave. E para atingir esse patamar, as empresas precisam aprender a medir o risco, projetar intervenções ousadas e garantir um forte apoio de nível executivo para que essa nova visão chegue a toda corporação. Por quê? Porque ter o seu time engajado é fundamental para essa jornada ser bem-sucedida.
Os talentos estão em busca de organizações alinhadas com os seus propósitos e, se for necessário, não pensam duas vezes para migrar de empresa. Um estudo da Mckinsey feito nos Estados Unidos revela que 49% dos entrevistados está confiante em encontrar bons empregos, um aumento de 7% em relação a março.
Tecnologia cada vez mais presente
O mundo está se adaptando ao novo normal, ou seja, o ambiente digital. E para isso acontecer de forma eficiente e eficaz, as empresas estão investindo muito em tecnologia, em especial, na Inteligência Artificial (IA), segundo estudo da Mckinsey.
No comportamento geral, 56% dos entrevistados relataram a adoção de IA em pelo menos uma função de trabalho em 2021, contra 50% em 2020, com os maiores aumentos vindo de empresas em economias emergentes. Quase dois terços dos entrevistados afirmam que os investimentos de suas empresas em IA continuarão a aumentar nos próximos três anos.
Ciclos econômicos e ciclos de negócios caminham lado a lado
E como saber sobre o impacto dessa transformação digital em seu negócio? É importante estar preparado para as crises e adversidades que surgirão durante a sua jornada empreendedora, porque a verdade é que elas vão surgir, e de tempos em tempos. Mas o empreendedor que entender o próximo ciclo que está chegando, vai potencializar e catapultar o seu negócio. Isso porque os ciclos econômicos e os ciclos de negócios caminham junto, e quando você entende isso, fica menos complicado lidar com os períodos de recessão econômica e mais atento aos melhores períodos para angariar investimentos.
Veja bem, os ciclos econômicos são alternâncias que acontecem na economia entre períodos fortes e de crescimento, com períodos de baixa e de recessão econômica. Para alguns economistas, um intenso período de alta pode indicar um período de recessão mais à frente, quando o preço dos ativos e as concessões de crédito caem drasticamente. Para outros pensadores econômicos, parte das revoluções tecnológicas ocasionam crescimentos e crises (muito parecido com o cenário que estamos vivendo, atualmente, face à pandemia).
Ou seja, uma empresa que tem uma base muito sólida, não somente sob o ponto de vista dos negócios, mas dos fundadores, da capacidade que eles têm de mover um time, da gestão de pessoas e da gestão de talento, vai saber lidar melhor com os períodos de crise, a ponto de superá-los. Afinal de contas, as crises são cíclicas (sejam elas econômicas ou de negócios) e elas andam lado a lado.
Autor:
Camila Farani
CEO e Investidora-Anjo