Voltar

14/03/2024

O sonho de nunca virar chefe: desafiando a narrativa tradicional
O sonho de nunca virar chefe: desafiando a narrativa tradicional

3 minutos de leitura

No grande oceano de aspirações profissionais, onde a maioria rema freneticamente em direção aos cargos de liderança, vejo inúmeros profissionais navegando contra a maré, alimentados por um desejo que se desvia do convencional: a vontade de não ser líder.

Esse anseio, muitas vezes visto como um desvio na rota para o sucesso, na verdade, reflete uma compreensão profunda das realidades do poder e da responsabilidade. Nos últimos dias, vimos publicações sobre o tema ressaltando um aumento no número de profissionais que escolhem deliberadamente se afastar dos holofotes da liderança, preferindo encontrar satisfação em papéis que valorizem mais a especialização e a contribuição individual. Esta escolha é apontada pela Geração Z como um ato de autoconhecimento e rebeldia contra a noção ultrapassada de que a ascensão hierárquica é o único caminho para o reconhecimento e a realização profissional.

Quando se trata de carreira, somos condicionados a pensar que o sucesso é uma escalada constante em direção aos cargos mais altos. E se eu te dissesse que existe uma nova tendência desafiadora que está ganhando força? Bem-vindo ao mundo da "Ambição Silenciosa", ou Quiet Ambition. Sim, você ouviu direito. Enquanto muitos buscam incessantemente a próxima promoção, há um crescente número de pessoas que rejeitam completamente a ideia de se tornarem chefes. E sabe de uma coisa? Elas estão certas!

Durante a pandemia, o mundo parou para refletir sobre suas prioridades. Profissionais, especialmente da Geração Z, começaram a questionar o valor de trocar sua saúde mental e qualidade de vida por um salário um pouco maior e uma posição de liderança. Afinal, para que servem cargos de chefia se eles só nos trazem estresse e desilusão? É hora de repensar essa narrativa antiquada que nos diz que o sucesso só pode ser alcançado subindo na hierarquia corporativa - segundo eles.

Okay, mas quais são os reais motivos para a Geração Z não se interessar por cargos de liderança? A resposta pode estar mais clara do que imaginamos. Vamos começar esclarecendo um ponto: a Quiet Ambition não significa falta de ambição. Na verdade, os jovens da Geração Z estão simplesmente recusando pagar o alto preço que muitas empresas cobram pela liderança.

Uma pesquisa realizada pela plataforma de análise de pessoas, Visier, revelou que apenas 4% dos entrevistados da Geração Z nos Estados Unidos consideram chegar ao topo da hierarquia executiva como uma meta importante. E quando se trata de cargos intermediários de gestão, a história não muda muito: a maioria prefere permanecer em posições que não envolvam liderança.

Por que essa aversão aos cargos de liderança? Bem, os motivos são claros:

  • Expectativa de aumento de estresse e pressão: Cerca de 40% dos jovens entrevistados estão preocupados com o impacto negativo que a liderança pode ter em sua saúde mental.

  • Perspectiva de trabalhar por mais horas: Quase 40% dos entrevistados não estão dispostos a sacrificar seu tempo pessoal em prol de uma posição de liderança que exige longas horas de trabalho.

  • Satisfação com as responsabilidades atuais: Para 37% dos jovens, as responsabilidades de liderança simplesmente não valem a pena.

  • Falta de interesse em liderar pessoas: Cerca de 30% dos entrevistados não têm interesse em assumir o papel de líder, seja por falta de habilidades interpessoais ou simplesmente porque não veem valor em liderar.

  • Desejo de priorizar interesses pessoais: E, por fim, 28% dos jovens querem priorizar seus interesses pessoais, que muitas vezes não estão relacionados ao trabalho.

Esses números não mentem. Os jovens da Geração Z têm ambições, sim, mas estão escolhendo não se encaixar em um sistema que não os valorize. Essa é mais uma crítica ao modelo de trabalho atual do que uma recusa em assumir novos desafios. Os jovens querem fazer a diferença, mas não a qualquer custo.

Então, antes de julgar essa tendência como falta de ambição, talvez seja hora de repensarmos o que realmente importa no mundo do trabalho. Você se perguntou se o jogo de liderança vale a pena?

Compartilhe nas redes sociais:

Compartilhe nas redes sociais:

Autor:

Camila Farani

CEO e Investidora-Anjo

Fique por dentro

Assine nossos e-mails e se aproxime da escola.

Logo Farani Escola de Negócios

Áreas

Inovação

em breve

Comportamental

em breve

Finanças

em breve

Marketing

em breve

Investimento

em breve

Fique por dentro

Assine nossos e-mails e se aproxime da escola.

Logo Farani Escola de Negócios

Áreas

Inovação

em breve

Comportamental

em breve

Finanças

em breve

Marketing

em breve

Investimento

em breve

Redes Sociais

Fique por dentro

Assine nossos e-mails e se aproxime da escola.

Logo Farani Escola de Negócios

Áreas

Inovação

em breve

Comportamental

em breve

Finanças

em breve

Marketing

em breve

Investimento

em breve