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08/02/2022
3 minutos de leitura
Estamos conectados 24h por dia, 7 dias na semana, sempre intercalando a nossa atenção entre o celular, o e-mail, as reuniões virtuais ou as outras tarefas de trabalho – e nos nossos momentos de descanso, essa realidade não muda muito.
O resultado? Esquecemos de distribuir bem o nosso tempo e, assim, de dar a devida atenção para as coisas mais simples da nossa vida, que têm um papel fundamental, inclusive, para a nossa saúde mental.
Aliás, voltando para o começo, eu gosto muito desta lógica da Work-Life Integration, uma nova perspectiva que tem como precursora a Haas School of Business da University of California, Berkeley, nos Estados Unidos. A lógica aqui é de que não se trata mais de buscarmos um simples equilíbrio entre trabalho e vida, mas de criarmos uma abordagem que crie sinergias entre todos os aspectos que nos definem. Afinal, está tudo interligado, e não mais, compartimentado.
E nesse movimento, é muito importante que as empresas estejam alinhadas com essa visão, justamente, para que a sua cultura organizacional seja saudável. Até porque disso dependerá a sua capacidade de atrair e reter os talentos.
Um estudo do Boston Consulting Group (BCG) aponta que 93% dos funcionários de empresas latino-americanas entrevistados, que trabalham em tecnologia ou têm cargos em áreas digitais, esperam trocar de empresa nos próximos dois a três anos. Já 64% estão buscando ativamente por novos empregos para conseguir trabalhar de forma híbrida e poder administrar melhor suas demandas de trabalho e vida.
Acompanha comigo: quanto maior o cuidado com a sua saúde e o seu bem-estar pessoal dentro da empresa, maior será a sua produtividade, certo? Por isso, as organizações precisam acordar para essa realidade.
Está aí, mais uma vez, a resposta para a sua empresa adotar esse comportamento já.
Desequilíbrio entre vida pessoal e profissional adoece!
As consequências da falta de harmonia entre a vida profissional e pessoal se refletem no aumento de riscos à saúde, queda da produtividade, absenteísmo, fadiga até os mais altos índices de estresse, o Burnout.
Por isso, as empresas devem ficar atentas! O profissional moderno busca cada vez mais poder integrar o trabalho com a sua vida pessoal, e ser feliz. Ser capaz de proporcionar um ambiente como esse ao seu time deve estar na cultura organizacional.
E apenas para reforçar a questão dos talentos, estudo da Great Place to Work revela os principais motivos de retenção dos colaboradores:
37% oportunidade de crescimento
35% dos entrevistados preferem uma empresa que motiva o equilíbrio de vida e trabalho
13% dão prioridades ao alinhamento de valores
Assim é possível perceber que, quando as empresas atendem às necessidades de seus funcionários, elas têm profissionais mais satisfeitos e se tornam mais atrativas para o mercado. Isso reflete em um maior compromisso do colaborador com a empresa, aumenta os índices de resiliência e traz melhores resultados para todos.
Pense nisso!
Autor:
Camila Farani
CEO e Investidora-Anjo